A imagem já faz parte do imaginário popular: máquinas gigantescas, alienígenas, que se movimentam com uma espécie de tripé biomecânico, atravessam cidades da Terra destruindo tudo por onde passam. Nenhum armamento parece deter o avanço do terrível terror espacial.
A cena, claro, faz parte do livro A Guerra dos Mundos, de H.G. Wells, clássica ficção científica que ganha, agora, pela Suma de Letras, nova edição.
Talvez o romance do autor mais conhecido do grande público, Guerra dos Mundos, publicado originalmente em 1898, narra as consequências de uma invasão marciana na terra. Adaptada para o rádio em 1938, por Orson Welles, a história acabou gerando pânico generalizado entre parte da população, que imaginou que a invasão espacial era de verdade. Também foi duas vezes para o cinema, a última pelas mãos de Steven Spielberg.
A edição da Suma, que chega às livrarias no fim de maio, é caprichada: capa dura, ilustrações originais criadas em 1906 por Henrique Alvim Corrêa, brasileiro radicado na Bélgica, e prefácio escrito por Braulio Tavares, escritor e pesquisador de literatura fantástica. A edição também conta com introdução de Brian Aldiss, membro da H. G. Wells Society, e entrevistas com o próprio H. G. Wells e com Orson Welles.
H. G. Wells, na verdade Herbert George Wells, escreveu outros grandes clássicos da ficção científica, muitos já adaptados para outras mídias, como A Máquina do Tempo, O Homem Invisível e A Ilha do Dr. Moreau.