Truman arranca lágrimas e risos ao refletir sobre a consciência da morte

25 de abril de 2016

Co-produção espanhola e argentina estrelada por Ricardo Darín (O segredo dos seus olhos e Relatos Selvagens) tem como ponto de partida a história de um homem com câncer terminal em busca de um dono para seu cão.

truman2Filmes que retratam o sofrimento de pessoas acometidas por doenças incuráveis costumam render lágrimas. Quando entram na história animais de estimação, principalmente cães, a possibilidade de se acabar com o estoque de lenços antes do término da sessão é maior ainda. Sabendo do potencial dessa fórmula, um argumento que reúna esses dois ingredientes pode até correr o sério risco de cair num clichê. Entretanto, não é isso que acontece com o recém-lançado Truman, dirigido pelo catalão Cesc Gay.

No filme, Darín interpreta Julián, um doente terminal de câncer que, diante do agravamento do seu estado de saúde, decide interromper o tratamento. Acompanhado de Tomás (Javier Cámara), que deixa o Canadá para rever seu melhor amigo pela última vez, Julián tenta encontrar um novo lar para Truman, seu cachorro e, pleonasticamente falando, leal companheiro.

Ao longo dos quatro dias que passam juntos na Espanha, Julián e Tomás visitam vários candidatos a adotar Truman. Entre uma casa e outra, passam por bares, restaurantes, praças, chegando até a fazer um bate-volta para a Holanda, onde vive o filho de Julián. Em cada uma dessas paradas, eles têm a chance de perceber, pelas sutilezas da convivência, a força e a importância da amizade.

Como num passeio em que o cão conduz o dono, Truman vai levando o espectador a perceber e refletir sobre a separação, a saudade e o vazio que ganham espaço em nossas vidas quando a morte se avizinha. Nesse sentido, o cachorro que inspira o nome do filme é a linha condutora de uma trama na qual risos e lágrimas encontram seu ponto ideal.

 

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